Em reunião realizada ontem com os pais dos meus alunos,
sugeri que haja aulas de reforço. A sugestão surgiu da minha observação de que,
em pleno 3º ano, há 70% de analfabetos na minha turma e o Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa prevê a saída do ciclo já sabendo ler.
Muito embora seja uma boa ideia, pois muitos dos alunos que
já leem bem possuem aulas particulares de reforço, a maioria dos pais não têm
condições financeiras para bancar essa despesa. Assim, levantei a possibilidade
da escola criar aulas de reforço em horário paralelo. Ou seja, as crianças
voltariam à escola no contraturno, significa dizer que quem estuda à tarde
voltaria de manhã para a aula de reforço.
Outro problema que enfrentaremos será a falta de espaço
físico para acomodar tantos alunos, já que em conversas informais com os demais
colegas professores ficou evidente que esse não é um problema particularmente
da minha turma de 3º ano. Ao considerar
problemas, o maior obstáculo será convencer a secretaria de educação a promover
essas aulas, uma vez que será necessária a mão de obra de professores e isso
implica em pagar horas a mais aos professores. Em conversa com dois membros do
conselho escolar encontrei apoio para a ideia que já teve aclamação geral por
parte dos pais.
Agora, a ideia é convencer a direção da escola, para,
posteriormente convencermos a SEMED da necessidade urgente da implantação
dessas classes.
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