Neste segundo semestre as aulas reiniciaram de acordo com o calendário, ou seja dia 6, tudo porque professores e diretoria se propuseram cumprir com suas responsabilidades Mas...
Não quero reclamar a toa neste espaço, no entanto querer não é poder. Digo isso porque as aulas iniciaram de forma forçosa, sem merenda, sem cadernos, lápis, cartolina ou outro material necessário para a boa condução de aulas. Nesse sentido, quero contar um caso de um aluno que não tinha caderno, já que seu pai estava desempregado no início deste mês. Mas graças a Deus seu pai já conseguiu um emprego bem modesto que foi ofertado por um grande amigo meu. Desempregado como ele estava, não teve condições de comprar um caderninho, um lápis ou outro material. Aí eu recorri à coordenadora Nira, que conseguiu um caderno, daqueles grandes que são destinados aos alunos do EJA. Para os alunos da modalidade que eu ensino só existe aquele caderno de brochura, sem arame e bem pequeno.
Já na zona rural as aulas iniciaram no meio do mês de agosto, pois lá a situação é bem pior sem merenda ou, que é mais grave, o combustível. Logo agora que ninguém mais rema, dada a oferta de condução gratuita nas embarcações locadas dos próprios ribeirinhos. Eu já uma daquelas embarcações adquiridas pelo Governo Federal, cuja finalidade é o transporte escolar dos alunos, porém vejo que esta embarcação serve mesmo é para o transporte de coordenadores ou outras equipes de trabalho da SEMED ou da prefeitura. Se alguém provar que estou mentindo, faço uma ressalva aqui, embora tais informações tenham sido obtidas junto aos próprios pais de alunos e deles próprios.